sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Yuri Firmeza




Yuri Firmeza, artista cearense famoso por suas performances, questiona os mecanismos que dão validade a uma obra de arte. Firmeza criou o artista-plástico japonês Souzousareta Geijutsuka (o nome significa “artista inventado”) e a sua exposição Geijitsu Kakuu (quer dizer “arte e ficção”), apesar das pistas ninguém descobriu a farsa, toda imprensa embarcou nos mirabolantes releases de divulgação criados pelo artista e sua equipe. Foi criada uma grande expectativa diante do tal artista japonês, no dia marcado ele não veio, no lugar dele, impressos de e-mails trocados entre Yuri Firmeza e um amigo sobre a idéia de criar um artista imaginário e como isso poderia ser recebido pelo público e pela imprensa. Trecho do conteúdo do impresso: “O que me interessa é interrogar sobre a qualidade do que compõe todo esse sistema de legitimação estética: críticos, jornais, artistas, curadores, galerias, museus e o próprio público”. O artista mostra o quanto é escorregadio o caminho do crítico, ainda mais numa época onde o “gesto” também é objeto da arte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário