quinta-feira, 17 de setembro de 2009

George Rousse



Pequenas considerações sobre o trabalho do artista:

Questiona a realidade da fotografia, o que ele fotografa não existe. George Rousse sempre escolhe espaços em transição, em situação ambígua de existência, com uma técnica bastante apurada produz ilusões, imagens anamorficas - só fazem sentido a partir de um ponto. A fotografia é a linguagem que melhor acolheu sua proposta.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Roman Opalka






Diante das pouquíssimas informações em português sobre Opalka, resolvi me aventurar, faço uma pequena análise sobre o seu trabalho.

Cada tela se chama Detalhe, persegue a grandeza do sublime, o que não se controla. Há mais de quarenta anos espera pela morte no seu sistema de repetições, pinta uma seqüência de números brancos sobre o fundo negro. Ao longo dos anos adicionou cada vez mais branco ao fundo, hoje o branco é no branco. Seu trabalho carrega o trauma do cárcere na juventude, onde o único anúncio do tempo era uma fresta de luz onde contava os dias, a liberdade acrescentou branco a sua vida, aquela pequena entrada de luz se alargou. Seu sistema privilegia a rotina, sua obra é uma prisão, durante toda vida não desviou uma linha do que se dispôs. Fugir do modelo que criou significa implodir o que construiu. Elegeu um tamanho de tela (196 cm x135 cm), um tamanho de pincel, diariamente pinta a passagem do tempo a partir do canto superior esquerdo, todos os números em ordem crescente, começando pelo número um, em fileiras horizontais. Como se aprisiona o infinito? Além de tirar diariamente fotos suas. Camisa branca, fundo branco. Opalka retrata sua degeneração, sua pequena morte diária, o tempo é sua obsessão, o que o levará inexoravelmente a morte.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

EL DINOSAURIO


 

Cuando despertó, el dinosaurio todavía estaba allí.


 


Augusto Monterroso


 


 

O dinossauro me acompanha, por onde passo, pegadas.