terça-feira, 9 de junho de 2009


Fotografia

Fique de Olhos bem abertos para o trabalho do Barão.


Barão Wilhelm Von Gloeden (16 de Setembro de 1856 - 16 de Fevereiro de 1931)

Foi um fotógrafo alemão do século XIX. Seus trabalhos foram em grande parte inovadores, já que ele foi um pioneiro na fotografia ao ar livre com o uso do nu masculino. A incorporação de elementos clássicos da Grécia antiga à belas paisagens sicilianas compuseram a singularidade de sua obra.

Von Gloeden foi junto com seu primo Guglielmo Plüschow uma referência na produção artística antes da I Guerra Mundial, ficou conhecido internacionalmente no final do século XIX, mas só no início dos anos 70 do século XX é que foi redescoberto.

O lobo e a Estepe

"(...) Pois parece ser uma necessidade inata e imperativa de todos os homens imaginarem o próprio ser como uma unidade. E apesar dessa ilusão sofrer com freqüência graves contratempos e terríveis choques, ela sempre se compõe. O juiz que se senta defronte ao criminoso e o fita no rosto, e por um instante reconhece todas as emoções, potencialidades e possibilidades do assassino em sua própria alma de juiz e ouve a voz do assassino como sendo a sua, já no momento seguinte volta a ser uno e indivisível como juiz, volta a encerrar-se na envoltura do seu eu quimérico e cumpre seu dever e condena o assassino à morte. E se em algumas almas humanas, singularmente dotadas de percepção sensível, se levanta a suspeita de sua composição múltipla, e, como ocorre aos gênios, rompem a ilusão da unidade personalística e percebem que o ser se compõem de uma pluralidade de seres como um feixe de eus, e chegam a exprimir essa idéia, então imediatamente a maioria as prende, chama a ciência em seu auxílio, diagnostica esquizofrenia e protege a Humanidade para que não ouça um grito de verdade dos lábios desses infelizes".

     Extraído do livro "O lobo e a estepe" de HESSE, Herman.