domingo, 16 de agosto de 2009

Marquês de Sade

Uns trechinhos só para instigar:


"Nada é mais estimulante do que o primeiro crime impune."


"(...) era comum ouvi-lo dizer que, para ser verdadeiramente feliz nesse mundo, um homem somente havia de se entregar a todos os vícios, sem nunca se permitir virtude alguma, pois não se tratava de sempre fazer o mal, como de nunca fazer o bem"


"Quanto aos moços, que doravante passaremos a chamar de fodedores, o tamanho de seus membros foi o único critério: nada queriam abaixo de dez ou doze polegadas de comprimento por sete e meia de circunferência."


"Desprezo Deus! Quereis minha bunda? Está com merda."



Na obra "Os 120 dias de Sodoma ou escola da Libertinagem" podemos perceber a presença marcante da ordem na desordem. Tudo no castelo é enumerado e catalogado para melhor servir a libertinagem. Quase todos os caprichos sádicos desta obra, são contados antes de serem postos em prática. Segundo a Simone Beauvoir, quando Sade escolhe o imaginário ele consegue se instalar com segurança, 'no imaginário não há risco de decepções', ou como diz o Marquês ao longo da obra: "O gozo dos sentidos é sempre regido pela imaginação. O homem só pode aspirar a felicidade utilizando todos os caprichos da imaginação". É pela imaginação que Sade escapará "ao espaço, ao tempo, a prisão, à polícia, ao vazio da ausência, as presenças opacas, aos conflitos da existência, a morte, à vida e a todas as contradições. Não é pela crueldade que se realiza o erotismo de Sade: é pela perversão. No sistema sadeano a ordem é produtora do excesso.


Indico o FILME do Pier Paolo Pasolini, "Saló ou os 120 de Sodoma".

Nenhum comentário:

Postar um comentário