segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Poemas Eróticos

I

EPIGRAMA

Amar, foder: uma união

De prazeres que não separo.

A volúpia e os desejos são

O que a alma possui de mais raro.

Caralho, cona e corações

Juntam-se em doces efusões

Que os crentes censuram, os loucos.

Reflete nisto, oh minha amada:

Amar sem foder é bem pouco,

Foder sem amar não é nada.

LA FONTAINE

II

Quinze anos eu passara, os primeiros da vida,

Sem ter sabido nunca o que era esse furor

Em que a dança do cu deixa na alma um torpor

Após a ânsia viril na cona ser remida.


Não que a morte tão doce e tão apetecida

Não me impelisse um forte, juvenil ardor,

Mas o membro que eu tinha, embora lutador,

Não chegava a deixar a Dama bem servida.


Trabalho desde então com pertinácia rara

Por compensar a perda e o tempo que não pára,

Pois o sol no poente ameaça os meus dias.


Oh Deus, venho rogar-te, meu zelo ajudai:

Para tão doce agir, meus anos alongai

Ou devolvei-me o tempo em inda eu não fodia!

MALHERBE

III

UMA PUTA


Era uma puta precoce e consumada:

Deu no ventre da mãe uma guinada

Tal que juntou cona a cona e, maravilha,

O pai fodeu conjuntas mãe e filha.

ROCHESTER

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