I
EPIGRAMA
Amar, foder: uma união
De prazeres que não separo.
A volúpia e os desejos são
O que a alma possui de mais raro.
Caralho, cona e corações
Juntam-se em doces efusões
Que os crentes censuram, os loucos.
Reflete nisto, oh minha amada:
Amar sem foder é bem pouco,
Foder sem amar não é nada.
LA FONTAINE
II
Quinze anos eu passara, os primeiros da vida,
Sem ter sabido nunca o que era esse furor
Em que a dança do cu deixa na alma um torpor
Após a ânsia viril na cona ser remida.
Não que a morte tão doce e tão apetecida
Não me impelisse um forte, juvenil ardor,
Mas o membro que eu tinha, embora lutador,
Não chegava a deixar a Dama bem servida.
Trabalho desde então com pertinácia rara
Por compensar a perda e o tempo que não pára,
Pois o sol no poente ameaça os meus dias.
Oh Deus, venho rogar-te, meu zelo ajudai:
Para tão doce agir, meus anos alongai
Ou devolvei-me o tempo em inda eu não fodia!
MALHERBE
III
UMA PUTA
Era uma puta precoce e consumada:
Deu no ventre da mãe uma guinada
Tal que juntou cona a cona e, maravilha,
O pai fodeu conjuntas mãe e filha.
ROCHESTER
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